HISTÓRIA DA UBA

Observatório de Capricórnio

Observatório de Capricórnio

Em 1968 Jean Nicolini, proprietário do Observatório do Capricórnio, envia uma correspondência (circular) à representantes de outras associações astronômicas do Brasil para propor a criação de uma entidade que congregasse membros da Astronomia amadora, motivado pela existência da Liga Latino Americana de Astronomia – LLADA (atual LIADA) e pela International Union of Amateur Astronomers (IUAA), que na época estava em fase final de  estruturação e sendo oficialmente fundada em 1969.

Jean Nicolini

Jean Nicolini

A ideia foi tomando forma até que, de 11 a 19 de julho de 1970, no acampamento do DNOCS no Distrito de São Gonçalo na cidade de Souza/PB, ocorreu o 1º. Encontro Nacional de Astronomia (ENA), organizado pela Associação Paraibana de Astronomia (APA) e pelo Observatório Astronômico da Paraíba (OAP), equipamento mantido pela Fundação Padre Ibiapina (FPI)

Observatório do Valongo

Observatório do Valongo

Naquele encontro estavam vários astrônomos de renome nacional na época, inclusive do Observatório do Valongo no Rio de Janeiro. Foi neste 1° ENA que a União Brasileira de Astronomia (UBA) foi fundada.
Rubens de Azevedo
Rubens de Azevedo

Seu primeiro diretor foi o cearense Rubens de Azevedo, que nas suas gestões representou a Associação Paraibana de Astronomia e também a Sociedade Brasileira dos Amigos da Astronomia (SBAA) quando ele se mudou da Paraíba de volta para Fortaleza/CE.

Uma das características da UBA, além do seu caráter voluntário e colaborativo, foi o rodízio do Conselho Diretor com representantes de outros estados. O Clube Estudantil de Astronomia de Recife/PE, o Observatório Cruzeiro do Sul e a Sociedade Rio-grandense de Astronomia, juntamente com o Planetário Prof. José Baptista Pereira de Porto Alegre/RS, também já figuraram como entidades representadas no Conselho Diretor.

A UBA teve seu auge nas décadas de 70 e 80, especialmente nas fases preparatória e de observação do cometa Halley entre 1984 e 1986. Após a passagem desse cometa, aos poucos as suas atividades sofreram um declínio apesar do surgimento de alternativas tecnológicas que teoricamente melhorariam a comunicação entre seus membros e otimizariam a qualidade das observações astronômicas.

Planetário Prof. José Baptista Pereira

Planetário Prof. José Baptista Pereira

Dermeval Carneiro

Dermeval Carneiro

Nos anos 90 a comunidade astronômica foi perdendo o interesse pela UBA, especialmente na renovação de suas gestões. A gestão ficou concentrada na pessoa do professor Dermeval Carneiro, que representou a SBAA e os observatórios dos colégios Christus e Sete de Setembro, todos com sede em Fortaleza/CE.

A situação permaneceu até a virada do século, quando a UBA foi totalmente esquecida e limitada a artigos elaborados sobre a História da Astronomia no Brasil nos anos subsequentes.

Motivado pela proximidade dos 50 anos da fundação da entidade e também dos centenários de suas principais figuras Rubens de Azevedo e Jean Nicolini, em 2019 o membro do Grupo de Apoio em Eventos Astronômicos, Saulo Machado, solicita ao último presidente eleito da UBA, Dermeval Carneiro, autorização para reformular a entidade, recriando suas comissões, elaborando o Estatuto e o Regimento Interno juntamente com representantes de instituições astronômicas de todo o país.

Saulo Machado

Saulo Machado

Sandro Gouvea

Sandro Gouvea

Finalmente, em 2022, após um hiato de mais de 20 anos, sob o novo Estatuto e realizado, escolha e votação para se formar o Novo Conselho Diretor da UBA. Assim  a entidade elegeu seu Conselho Diretor, com Sandro Gouvea Cardoso Sousa e Silva da empresa e clube de Astronomia da Simpla Spacy como Presidente
Referências:

Circular de Jean Nicolini (1968):
http://acervoastronomico.org/acervo/UBA/UBA-CIRCULAR-mai1968-Nicolini.pdf

Boletim da União Brasileira de Astronomia – nr. 01 – 1972:
http://acervoastronomico.org/acervo/UBA/UBA-N%2001-.pdf